sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O Véu e a Mulher

Muitos cristãos, afirmam que o hijab, ou véu, é uma forma de opressão, mal sabem que a bíblia, ordena o uso do véu!

“Toda mulher, porém, que ora sem véu, desonra sua própria cabeça, como se a tivesse rapada. (5)
Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso que rape a cabeça. Mas se lhe é vergonhoso rapar a cabeça, que use o véu.(6)”

1 Coríntios 11:5–6

Ágora lhe pergunto, quantas mulheres cristãs, ao orar, obedecem a bíblia? Por que ao ver uma muçulmana, muitos pensam “coitada”, mas quando estão vendo uma freira, pensam “que benção”? Por que a freira não é “oprimida”?

Eu Sou

Outro versículo que todo cristão cita é "Antes que Abraão fosse, EU SOU" (João 8:58), e Êxodo relata que Deus disse: "Eu Sou o Que Sou", porém em grego, Jesus disse: "eimi", uma palavra humilde, que aparece no novo testamento  151 vezes, que não justifica o uso de maiúsculas na tradução, ou comparação ao que disse Deus (seja o hayah em hebraico, ou o ho ohn na septuaginta), outra coisa, nem no hebraico (moderno ou antigo) ou no grego antigo existiam letras maiúsculas. Dessa forma Jesus teria apenas afirmado; "antes de Abraão, eu existia", nada de demais, uma existência pré-humana, como de todos os humanos, e especificamente de Jeremias 1:5, no islam, todos nós a tivemos, antes de nosso corpo físico no dunya.

Eu e o Pai somos um

Sempre que você pedir a um cristãos, por provas bíblicas que Jesus é Deus, eles irão citar "Eu e o Pai somos um." (João 10:30) Vamos agora analisar o contexto:

(Os judeus perguntaram a Jesus se ele era ou não o Messias, ele afirma que já respondeu por seus atos e obras, mas que eles [os judeus] não acreditam porque não são suas ovelhas ) {João 10:22-29} Jesus então diz "Eu e o Pai somos um". 

"Novamente pegaram os judeus em pedras para lhe (Jesus) atirar.
Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas boas obras, da parte do pai, por qual delas me apedrejais?
Responderam-lhe: Não é por obra alguma, mas sim por causa da blasfêmia, mesmo tu sendo um homem, te fazes Deus a ti mesmo (diz ser Deus).
Replicou Jesus: Não está escrito em vossa lei:
'Eu disse: Sois deuses [1].'?
A Escritura não falha, então, todo aquele que Deus escolhe para enviar a mensagem Dele ao mundo, vocês dizem: blasfêmia, por que diz ser Filho de Deus?"
(João 10:30-36)

[1] Esse versículo é de Salmos 82:6, que diz:
"Sois Deuses (1),
Todos filhos de Deus"


As traduções cristãs tentam adaptar o verso para "sois deuses", quando a palavra usada é a mesma para Deus, "Elohim", e não há letra maiúscula no hebraico, nem no grego antigo (Koiné).  

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Trindade: faz sentido?

Mais uma vez abordando a trindade. Vamos relembrar meus posts que falaram sobre tal assunto:
  • Trindade: provinda do paganismo (as imagens agora estão inacessíveis)
  • Trindade refutada logicamente (parte 1 e 2)
Agora, vamos finalizar "com chave de ouro".
Os cristãos afirmam que  "as pessoas da trindade são Deus, a mesma essência, que o filho, é Deus, mas não é o pai, que é Deus também, que não é o espírito santo, mas, é Deus também.
Isso teoricamente e matematicamente é impossível e improvável, é o mesmo que dizer que um mais um é três.

Quando argumentamos matematicamente e logicamente, os cristãos dizem "mas isso é um mistério, algo que não pode ser compreendido, e portanto, deve-se acreditar nisso cegamente.(!)"

Citando brevemente a própria bíblia: "(...) porque Deus, não é um deus de confusão."
[1 Coríntios 14:33]

O mais incrível, é que Jesus nunca falou sobre a trindade, nem mesmo uma vez! O primeiro a falar sobre isso foi Paulo de Tarso, não Jesus.

Quando perguntaram a Jesus o maior mandamento, ele respondeu:
"Ouve Israel, o Senhor é vosso deus, o Eterno é um."  (Marcos 12:29)

A Enciclopédia Católica, na página 299, diz o seguinte:

"A formulação ‘’um Deus em três’’ não estava solidamente integrada à vida cristã e na sua profissão de fé antes do final do século 4. No entanto, é precisamente essa formulação que reivindicou o título de dogma Trinitário. Entre os padres apostólicos nada havia que sequer remotamente se aproximasse de tal pensamento ou perspectiva. "

"Dize: Ele é Deus, o Único." (Alcorão 112:1)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O Paradoxo da Pedra

Muitos ateus, para argumentarem que Deus não existe, usam o famoso (ou não) paradoxo da pedra, essa "pergunta" seria basicamente:

"Pode um ser onipotente (Deus) criar uma pedra que nem Ele mesmo possa carregar?"

A princípio, até parece simples, e então você diz, "sim", e aí percebe, que se Ele criar uma pedra que Ele mesmo não possa carregar, Ele não é onipotente.

Mas aí há um engano, isso não é exatamente um paradoxo, mas sim uma falácia.
A primeira sentença é a negação da segunda.
Seria como esse silogismo:
  • Quadrados são formas geométricas
  • Círculos são formas geométricas
  • Logo, círculos são quadrados.
Perceba bem que, círculos não são quadrados, obviamente, quadrado é a negação de círculo.
Da mesma forma, um ser onipotente é um ser que tudo pode, que não existe nada que ele não possa. E a frase em si contém "...uma pedra que ele não possa..." a sentença "não possa" é a negação de "onipotente", dessa forma, o argumento é apenas falacioso, com intenção de violar a lógica.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Maria irmã de Aarão?

Muitos ateus e cristãos argumentam que o alcorão comete um grave erro ao dizer que Maria “era irmã de Aarão” e que Muhammad teria confundido Maria e Miriam, que se escreve da mesma forma teoricamente em árabe.
Vamos analisar agora o versículo em questão:
“Ó irmã de Arão, seu pai não era um homem do mal, nem sua mãe era mundana".
(Alcorão 19:28 )
Aqui vemos que, de fato, Maria, mãe de Jesus, foi chamada de “irmã de Aarão”.
No entanto, é possível perceber que o Alcorão nesse caso, não deve ser levado ao pé da letra, especialmente considerando apenas a linguística não-árabe.
Primeiro: As palavras “filho, pai, irmão e irmã” em línguas como árabe, semitas, nem sempre representam os laços tradicionais, mas podem significar uma linha distante, ou uma ligação espiritual [1]. 
Segundo:  O Alcorão deixa claro que Moisés e Aarão eram irmãos biológicos, e viveram juntos. Mas se Maria fosse realmente segundo o Alcorão, irmã de Moisés e Aarão, deveria haver uma menção de ambos junto à ela, ou ao menos, a Jesus. Enquanto Moisés é descrito como vivendo no Egito, uma terra comandada por um Faraó, e dominada por egípcios, Jesus claramente vive na Palestina, rodeado de Judeus, sem qualquer menção de um egípcio ou de um faraó.
Terceiro: O próprio Profeta explicou tal verso em um hadith sahih (dito confiável) quando alguns cristãos de Najram levantaram objeções contra ele usando esse verso:
Mughira b. Shu’ba relatou: Quando cheguei a Najran, eles (os cristãos de Najran) me perguntaram: Você lê “Oh irmã de Aarão” no Alcorão, enquanto Moisés nasceu muito antes de Jesus. Quando voltei ao Mensageiro de Deus (que a paz esteja com ele), perguntei-lhe sobre isso, e então ele disse: ” As pessoas da antiguidade costumavam dar nomes (a seus filhos) de Profetas e pessoas piedosas. que viveram antes deles ” .
 Sahih Muslim 5326, Mughira ibn Shuba
Conclusão
Por mais que insistem, os cristãos e os ateus tentem destruir o islam, não conseguirão, o Alcorão está livre de discrepâncias.

E Deus sabe melhor!

NOTAS DE RODAPÉ

[1] Encyclopedia of Islam, A. J. Wensinck, 1991, Volume VI, página 630. 

sábado, 1 de dezembro de 2018

Respondendo ao Site "Fé Cristã"

Muitos apologistas cristãos afirmam que os muçulmanos estão mentindo ao dizer que a ciência moderna foi descrita no Alcorão. Aqui está um exemplo de site que diz isso. No entanto o site só apresenta dois supostos erros científicos.

Estrelas e "mísseis"
O Autor do site afirma que é um equívoco o Alcorão dizer que as estrelas são como "mísseis" que destroem os demônios. E depois "cita" um hadith que mostra que o que Muhammad (pece) queria dizer era sobre as estrelas cadentes, que quando caem, estão atrás de um demônio.

Primeiro: O Alcorão em 67:5 apenas menciona que as "lâmpadas" do céu foram destinadas à apedrejar os demônios. Nós nem sabemos de que "lâmpadas" se trata, muito menos se elas se movem ou não.
Já no capítulo 37:10 fala que os pecadores serão perseguidos por uma luz flamejante, na realidade, شهاب em árabe significa algo como "estrela brilhante", "meteoro". A palavra para estrela em árabe é a mesma que para meteoro. Dessa forma, em nenhuma hipótese, isso é um erro científico.

Segundo: quanto ao hadith, não há citação de nenhuma fonte na página, desse hadith. Logo, é um hadith inexistente.

O Sol se põe numa poça de água morna
O Hadith apresentado é fraco, a versão correta é encontrada musnad Ahmad, onde diz que o sol se prostra sobre o trono. E somente Deus pode explicar tal verso.

E Deus sabe Melhor.

O Milagre do Alcorão

Uma das provas da profecia de Muhammad  ﷺ é o Alcorão. Um milagre literário inimitável. No entanto, não-falantes do árabe não são capazes de perceber tais atributos. Mas podemos contornar isto da seguinte forma:

Primeiro: O Alcorão desafiou os oponentes do Profeta  ﷺ que produzissem um capítulo que pudesse superar qualquer um do Alcorão:

وَإِن كُنتُمْ فِي رَيْبٍ مِّمَّا نَزَّلْنَا عَلَىٰ عَبْدِنَا فَأْتُوا بِسُورَةٍ مِّن مِّثْلِهِ وَادْعُوا شُهَدَاءَكُم مِّن دُونِ اللَّهِ إِن كُنتُمْ صَادِقِينَ
"E se estais em dúvida acerca do que revelamos a nosso servo, fazei um capítulo como este, e apresentai vossas testemunhas fora Allah, se sóis verídicos." [1]

Segundo: Os árabes pagãos eram especialistas em poesia, provavelmente os melhores da língua árabe em toda a história. Isto prova que eles eram competentes para tentar tal desafio.

Terceiro: No entanto, os pagão investiram muito mesmo em tentar destruir o islam, usando como método a brutalidade, matando os primeiros muçulmanos, e perseguindo o profeta Muhammad ﷺ.

Com isso estabelecido, argumentamos:
  • Se os pagãos fossem incapazes de enfrentar a beleza do Alcorão, Muhammad era um verdadeiro profeta.
  • Os pagãos não puderam enfrentar o alcorão.
  • Logo, Muhammad ﷺ era um verdadeiro profeta.
Quanto à primeira premissa, ela é verdadeira, pois a incapacidade dos pagãos de enfrentar o Alcorão seria a negação da normalidade(isto é, um milagre). Sem mencionar que Muhammad ﷺ era um analfabeto iletrado. 

Quanto à segunda premissa, é verdadeira, pois os pagãos investiram pesadamente na destruição do islam, recorrendo à brutalidade, sem sucesso, e ainda falharam no desafio, eles poderiam economizar dinheiro, vidas e batalhas se apenas montassem uma assembleia e reproduzissem uma poesia melhor que o Alcorão. 
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[1] Alcorão 2:23

A Trindade II

No artigo anterior, alegamos que qualquer argumento que trabalhe com o politeísmo, pode ser aplicado à Trindade. Nesse artigo, aplicaremos uma versão menos formal do Burhan Al-Tamanu' contra a trindade.

Este argumento funciona, porque o cristão crê que todas as pessoas da trindade possuem todas as qualidades de Deus, incluindo a de criar. Então pode ser dito:

Qualquer uma das pessoas da trindade pode criar algo, mesmo contra a vontade dos outros dois, ou não.

Se uma pessoa pode criar algo contra a vontade dos outros, então os outros, não são divinos.
Por sua incapacidade de realizar sua vontade é prova que eles são fracos, e algo fraco não pode ser Deus.

Se as três pessoas são capazes de discordar uma das outras, nenhuma delas é deus. Nesse caso, uma depende da vontade dos outros para criar algo, algo que depende dos outros não pode ser Deus.

De qualquer forma, não pode existir mais de uma pessoa divina, logo, a trindade é falsa.

A Trindade

Os cristãos afirmam que Deus é único e existe na forma distinta de três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Nós, muçulmanos, afirmamos que tal crença é falsa, uma vez que apresenta vários absurdos, nesse artigo, apresentarei um dos absurdos, segue o argumento:
  • Se as pessoas da trindade existem, elas seriam qualidades, ou seres.
  • As pessoas da trindade, não são nem qualidades, nem seres.
  • Logo, as pessoas da trindade não existem.
Primeira Premissa: Se as pessoas da trindade existem, deveriam ser qualidades ou seres.

Essa premissa é verdadeira, pois as essências existentes, devem:
  • Existe enquanto subsistir dentro de outra essência, ou:
  • Existe enquanto não subsistir dentro de outra essência.
A primeira opção é a negação da segunda, então, as duas opções juntas serão falsas. A primeira descreve uma qualidade; a segunda, um ser. Logo, é impossível que algo que exista não seja nem qualidade nem ser.

Diante disso, uma vez que o cristão alega que as pessoas da trindade existem, essas devem ser ou qualidades, ou seres.

Segunda Premissa: As pessoas da trindade não são nem qualidades nem seres.

Se o cristão afirma: "as pessoas da trindade são qualidades de Deus, que subsistem dentro de seu próprio ser."

Nós responderíamos nesse casso, que  não haveria razão para limitá-los a três pessoas. 
Se o cristão fosse consistente, deveria ter tratado das outras qualidades de Deus como "pessoas" divinas também.

Além disso, é impossível que as qualidades de Deus se separem Dele [1]. No entanto, o cristão acredita que Filho e Espírito Santo "entraram" no mundo. Então, como podem afirmar que tais pessoas são qualidades?

E se o cristão afirma: "as pessoas da trindade são, cada uma, um ser divino, de tal modo que cada uma é atribuída com todas as qualidades divinas."

Nós respondemos: Isso é politeísmo ruidoso. Desse modo, um cristão não seria diferente de um politeísta que acredita numa única família de deuses. 

Portanto, As Pessoas da Trindade Não Existem.

As duas premissas são verdadeiras, logo, as pessoas da trindade não podem ser reais.

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[1] Se isso fosse possível, isso tornaria as qualidades acidentes. E os acidentes são emergentes, pois são diferentes do ser que foram atribuídas. Contudo, os cristãos afirmam que as pessoas da trindade são sem um princípio, não emergentes.